"Não escolhi ser um homem comum. É meu direito ser diferente, ser singular, incomum, desenvolver os talentos que Deus me deu. Não desejo ser um cidadão pacato e modesto, dependendo sempre de alguém. Quero correr o risco calculado, sonhar e construir, falhar e suceder. Recuso trocar incentivo por doação. Prefiro as intemperanças à vida garantida. Não troco minha dignidade por ajuda de outros. Não me acovardo nem me curvo ante ameaças. Minha herança é ficar ereto, altivo e sem medo. Pensar e agir por conta própria e, aproveitando os benefícios de minha criatividade, encarar arrojadamente o mundo e dizer: Isto é o que eu sou"
(Bertout Brecht)
As palavras de Bertout Brecht traduzem muito bem a nossa concepção de educação inclusiva.
Pensamos e sentimos isso por termos aprendido, ao longo desses 12 anos, a olhar as nossas diferenças como riqueza e fazer delas o traço da singularidade de cada um de nós.
Pensar em educação inclusiva é pensar em educação sob um novo paradigma. É conseguir olhar toda pessoa envolvida no processo educativo como uma pessoa diferente e que necessita de cuidados especiais. Educação, pensamos nós, é possibilitar mudanças e estamos mudando a todo momento.
Todos, sem exceção, somos constituídos como sujeito singular por termos nossos talentos próprios, o que nos torna competente em algumas coisas, e termos também as nossas dificuldades que deverão ser olhadas por nós e pelo outro. E para que possam ser trabalhadas, transformadas, superadas ou não, é necessário que sejam vistas como dificuldades a serem trabalhadas, mas que além delas nós existimos como pessoa, como gente, com tantos outros talentos que nos torna especial e singular.
Incluir, é olhar para cada indivíduo como um ser único, podendo vê-lo como de fato é, para que, dessa forma, possamos ajudá-lo a se ver e poder dizer enfim ISTO É O QUE EU SOU.
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