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Educar filhos com um bom caráter dá muito trabalho, mas muito trabalho mesmo. Nos exige o tempo todo revisitar os nossos valores e fazê-los valer em cada ação nossa, e em cada comportamento dos nossos filhos. Respeito, honestidade, generosidade, empatia... não se ensina com discursos e lições de moral. Valor se ensina com exemplo, com experiência, com intervenção.
Se tenho o respeito um valor a ser construído preciso tratar meu filho com respeito (em qualquer idade) e cada vez que ele agir de forma desrespeitosa com alguém tenho uma oportunidade de ensinar-lhe esse valor. Por exemplo: todas as vezes em que ele destratar alguém, ser hostil ou rude, julgar ou afastar alguém por ter alguma diferença, não priorizar uma pessoa mais velha, etc. preciso intervir fazendo valer esse valor, marcando que não é aceitável esse tipo de tratamento e ajudando-lhe a pensar como a pessoa deve se sentir quando ele age assim, que outro jeito ele pode expressar o que sente sem ser desrespeitoso, ou porque que ser diferente o incomoda, etc... É aproveitando as situações cotidianas que vamos construindo os valores morais que elegemos como fundamentais.
Isso se aplica também para a honestidade. Quando nosso filho mente ou tenta enganar marcamos que não aceitamos mentira, que se ele não fala a verdade não podemos mais confiar nele, que quando mente ficamos inseguros e desconfiados diante do que ele nos dirá nas próximas vezes. Reforçamos a conexão dizendo que se ele fala a verdade, pode até ouvir uma “bronca”, vai saber o que você pensa a respeito do que aconteceu, você vai ensiná-lo algo e ele pode contar com você para consertar e aprender com a situação, e que o principal será preservado: a confiança na palavra dele. Isso precisa ser intocável. Você também não pode mentir, engana-lo, prometer algo e não cumprir sem uma explicação verdadeira e legítima... Lembre-se que a melhor escola é o exemplo. Como vai ensinar o que você mesmo não faz?
E assim seguimos com a generosidade, empatia, e os outros valores morais que elegemos como fundamentais para educar nosso filho.
Será que dá para fazer isso sem frustrá-lo? Sem lhe dizer “nãos”? Dá para fazer isso fazendo todas as suas vontades?
Tendo como foco a felicidade dele você será bem difícil construir esses valores. E terá um filho que pensa mais em si do que nos outros, que exige mais do que é capaz de dar, que para ter o que deseja, “para ser feliz”, não será capaz de olhar os outros... e principalmente como recebeu tudo de mãos beijadas, sem esforço e empenho, não provou o delicioso gosto da conquista, portanto não tem recursos internos para correr atrás dos seus sonhos... Você sempre fez isso por ele, não foi?
Amanhã esse filho será adulto e não pense que ele será capaz de priorizar a sua felicidade quando mais velho. Ele não desenvolveu a empatia, o respeito, a generosidade. E não será culpa dele, foi você quem o criou acreditando que ELE é centro do mundo e que a vontade DELE é o que mais importa. A felicidade dele estava acima da formação do bom caráter. A colheita futura será da semente plantada hoje!
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